Portugal: o país com a remuneração dos depósitos mais baixos da Zona Euro

12:28 6 de fevereiro de 2023

Depois de uma semana cheia de volatilidade nos mercados internacionais, vamos agora olhar para os dados portugueses. Temos vindo a acompanhar outros indicadores sobre a economia portuguesa, como inflação, índice do consumidor, produção industrial, PIB, desemprego e na anterior quinta-feira tivemos novos dados sobre o crédito bancário em portugal. Há vários dados interessantes que temos que destacar.

- Portugal é o país da Zona Euro que tem a pior remuneração para depósito bancário.

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- As nossas empresas pediram empréstimos bancários em Dezembro no valor mais alto desde Junho de 2020

- Renegociação dos contratos de crédito habitação mais altos dos últimos 12 meses. 

Não é de admirar que as taxas de poupança sejam tão baixas em Portugal neste momento, pois a remuneração de depósitos a prazo não reflete as taxas de juro sinalizadas pelo BCE nem pelos outros parceiros da Zona Euro. Neste momento, colocar o capital no banco daria em média 0.35% ao ano, com inflação que temos, nem daria para cobrir um décimo do seu valor.

O facto de Portugal ser o país com menor literacia financeira da europa leva-o também a ser o país que tem a taxa de remuneração dos depósitos a prazo mais baixa, na minha opinião. O facto dos portugueses preferirem investimentos sem risco tradicionais leva a que o montante total de depósitos bancários em portugal continue alto, desincentivando os bancos a aumentarem as suas taxas de juro para depósitos. Neste momento, a taxa de remuneração média por cá situa-se nos 0.35%, já no caso francês (1º da lista da Zona euro) encontra-se nos 2.29%. Esta diferença é abismal, quando ambos os países têm a mesma moeda. Adicionalmente, os bancos podem usar este mecanismo para gerar mais lucros e precaver-se de eventuais problemas macroeconómicos que a economia portuguesa possa incorrer. 

 

O arrefecimento económico já se começa a sentir nas empresas, atingimos o máximo de pedidos de empréstimos bancários desde Junho de 2020, montante que ultrapassa os 3.3 mil milhões de euros . Por enquanto, estes empréstimos farão com que o desemprego se mantenha estável, mas não sabemos quando este ciclo poderá terminar. Continuaremos com uma economia mais alavancada e isso envolve mais riscos para o futuro. 

Fonte: Banco de Portugal

 

Em dezembro os pedidos para renegociar os contratos do crédito habitação também voltaram a fazer novo máximo a 12 meses. Estes aumentos nas renegociações dos contratos de crédito habitação transmitem-nos a dificuldade que as famílias começam a sentir para pagar as suas prestações, e as taxas ainda não subiram tudo o que está planeado! Estes dados, continuam a frisar um possível abrandamento no crescimento económico e os problemas sociais que daí advém. 

 Fonte: Banco de Portugal

As ações do BCP (BCP.PT) encontram-se a cair  neste momento 1.65%, estando perto de fazer um re-test ao suporte que anteriormente serviu de resistência para o breakout. Se o preço conseguir permanecer por cima dos 0.2€ pode levar a movimentos ascendentes superiores num futuro próximo . De salientar que o facto das taxas de juro de depósitos serem tão baixas e a euribor tão alta, leva a que os bancos possam cada vez retirar mais lucros , como já tinha sido visto no relatório sobre o BCP. Fonte:xStation5

Este material é uma comunicação de marketing na aceção do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65 / UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, sobre os mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92 / CE e Diretiva 2011/61/ UE (MiFID II). A comunicação de marketing não é uma recomendação de investimento ou informação que recomenda ou sugere uma estratégia de investimento na aceção do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril de 2014 sobre o abuso de mercado (regulamentação do abuso de mercado) e revogação da Diretiva 2003/6 / CE do Parlamento Europeu e do Conselho e das Diretivas da Comissão 2003/124 / CE, 2003/125 / CE e 2004/72 / CE e do Regulamento Delegado da Comissão (UE ) 2016/958 de 9 de março de 2016 que completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas regulamentares para as disposições técnicas para a apresentação objetiva de recomendações de investimento, ou outras informações, recomendação ou sugestão de uma estratégia de investimento e para a divulgação de interesses particulares ou indicações de conflitos de interesse ou qualquer outro conselho, incluindo na área de consultoria de investimento, nos termos do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro. A comunicação de marketing é elaborada com a máxima diligência, objetividade, apresenta os factos do conhecimento do autor na data da preparação e é desprovida de quaisquer elementos de avaliação. A comunicação de marketing é elaborada sem considerar as necessidades do cliente, a sua situação financeira individual e não apresenta qualquer estratégia de investimento de forma alguma. A comunicação de marketing não constitui uma oferta ou oferta de venda, subscrição, convite de compra, publicidade ou promoção de qualquer instrumento financeiro. A XTB, S.A. - Sucursal em Portugal não se responsabiliza por quaisquer ações ou omissões do cliente, em particular pela aquisição ou alienação de instrumentos financeiros. A XTB não aceitará a responsabilidade por qualquer perda ou dano, incluindo, sem limitação, qualquer perda que possa surgir direta ou indiretamente realizada com base nas informações contidas na presente comunicação comercial. Caso o comunicado de marketing contenha informações sobre quaisquer resultados relativos aos instrumentos financeiros nela indicados, estes não constituem qualquer garantia ou previsão de resultados futuros. O desempenho passado não é necessariamente indicativo de resultados futuros, e qualquer pessoa que atue com base nesta informação fá-lo inteiramente por sua conta e risco.

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